Não é sobre PLE mas subscrevo e alargo o domínio de abrangência da notícia: "A maioria dos manuais de Português do 4.º ano não contribui para os alunos perceberem o que lêem e contém textos incompreensíveis. É esta a conclusão do primeiro grande estudo sobre manuais escolares realizado em Portugal."
O estudo foi feito no âmbito da dissertação de mestrado de Maria Regina Rocha, professora da Escola Secundária José Falcão, em Coimbra, e inclui a análise de 12 manuais que, no seu conjunto, foram adoptados em mais de 94% das escolas do país. Ao todo, foram escrutinados cerca de 900 textos e seis mil perguntas.
Nesses livros, é apontada como falha maior a escassez de propostas de actividades que levem os alunos a interpretar os textos e a identificar informação que não seja explícita. Mas também o número limitado de textos presentes nos manuais, a pouca diversidade de género e a inexistência de um corpo de autores de referência a ser indicado pelo Ministério da Educação são apontados como falhas na promoção de hábitos de leitura nos mais novos.
In: SOL - http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=74291
"Não tenhas a pretensão de ser inteiramente novo no que pensares ou disseres. Quando nasceste já tudo estava em movimento e o que te importa, para seres novo, é embalares no andamento dos que vinham detrás." Vergílio Ferreira, Pensar (1992; 226)
sábado, 5 de janeiro de 2008
Encontro sobre Português como Língua não Materna
Associação Portuguesa de Linguística
Lisboa, 11 e 12 de Abril de 2008
Existem pelo menos quatro contextos diferentes em que é necessário considerar o português como língua não materna:
1) como língua de falantes nativos de outras línguas residentes em Portugal;
2) como língua de falantes que têm como língua materna uma língua indígena (e.g. crioulos, línguas africanas) em países de língua oficial portuguesa;
3) como língua de segundas e terceiras gerações de emigrantes portugueses;
4) como língua estrangeira ensinada em diferentes países.
Estas diferentes situações exigem uma política de língua concertada e colocam questões de natureza diversa. O primeiro contexto, em particular, corresponde a uma realidade relativamente recente. O facto de, nas últimas décadas, Portugal ter conhecido um crescente aumento de imigração de populações cuja língua materna não é o português, coloca questões novas, a que é necessário dar uma resposta rápida.
Assim, a Associação Portuguesa de Linguística, através deste Encontro, pretende promover a discussão de questões como as seguintes:
i) de que forma o conhecimento do funcionamento das línguas pode contribuir para um melhor ensino do português como língua estrangeira?
ii) de que forma o conhecimento dos processos de aquisição/aprendizagem de língua segunda nos ajuda a programar um ensino eficaz?
iii) quais as diferenças individuais e sociais que é necessário ter em conta para um ensino eficaz da língua não materna?
iv) de que forma a língua materna influencia a aquisição/aprendizagem da segunda língua?
v) qual o efeito do ensino explícito de L2 na velocidade e progressão do desenvolvimento de L2?
vi) quais as medidas mais eficazes para avaliar a proficiência em português L2?
vii) quais as diferenças entre a aquisição de L2 em contextos naturalísticos e instrucionais?
viii) quais os factores que contribuem para um bom domínio de L2?
ix) como adaptar o ensino de português L2 a aprendentes de diferentes faixas etárias?
x) quais as melhores formas de integração de crianças/jovens falantes nativos de diferentes línguas no ensino português?
xi) de que forma o ensino de português como L2 deve estar representado nos curricula nacionais?
xii) de que forma o ensino de português se deve adaptar às diferentes realidades nacionais?
Aceitam-se, assim, propostas de comunicações na área da aquisição/aprendizagem do português como língua não materna, descrição do Português L2, análise comparada do Português L2 e Língua(s) Nativa(s) dos falantes de Português L2, transferência linguística, ou noutras áreas de investigação em linguística que possam contribuir de forma relevante para as questões colocadas. As propostas a apresentar podem assumir quer uma perspectiva teórica, quer uma perspectiva empírica.
Os resumos não deverão exceder uma página A4 com letra 12 pt.
São aceites comunicações em português, espanhol, francês ou inglês.
Data limite para recepção dos resumos: 31 de Janeiro de 2008
Os resumos deverão ser enviados para o seguinte endereço de e-mail: mail@apl.org.pt
Conferencistas convidados:
Maria Helena Mateus (ILTEC)
Wayne O’Neil (MIT)
Informação recolhida em: http://www.apl.org.pt/f_index.htm
Lisboa, 11 e 12 de Abril de 2008
Existem pelo menos quatro contextos diferentes em que é necessário considerar o português como língua não materna:
1) como língua de falantes nativos de outras línguas residentes em Portugal;
2) como língua de falantes que têm como língua materna uma língua indígena (e.g. crioulos, línguas africanas) em países de língua oficial portuguesa;
3) como língua de segundas e terceiras gerações de emigrantes portugueses;
4) como língua estrangeira ensinada em diferentes países.
Estas diferentes situações exigem uma política de língua concertada e colocam questões de natureza diversa. O primeiro contexto, em particular, corresponde a uma realidade relativamente recente. O facto de, nas últimas décadas, Portugal ter conhecido um crescente aumento de imigração de populações cuja língua materna não é o português, coloca questões novas, a que é necessário dar uma resposta rápida.
Assim, a Associação Portuguesa de Linguística, através deste Encontro, pretende promover a discussão de questões como as seguintes:
i) de que forma o conhecimento do funcionamento das línguas pode contribuir para um melhor ensino do português como língua estrangeira?
ii) de que forma o conhecimento dos processos de aquisição/aprendizagem de língua segunda nos ajuda a programar um ensino eficaz?
iii) quais as diferenças individuais e sociais que é necessário ter em conta para um ensino eficaz da língua não materna?
iv) de que forma a língua materna influencia a aquisição/aprendizagem da segunda língua?
v) qual o efeito do ensino explícito de L2 na velocidade e progressão do desenvolvimento de L2?
vi) quais as medidas mais eficazes para avaliar a proficiência em português L2?
vii) quais as diferenças entre a aquisição de L2 em contextos naturalísticos e instrucionais?
viii) quais os factores que contribuem para um bom domínio de L2?
ix) como adaptar o ensino de português L2 a aprendentes de diferentes faixas etárias?
x) quais as melhores formas de integração de crianças/jovens falantes nativos de diferentes línguas no ensino português?
xi) de que forma o ensino de português como L2 deve estar representado nos curricula nacionais?
xii) de que forma o ensino de português se deve adaptar às diferentes realidades nacionais?
Aceitam-se, assim, propostas de comunicações na área da aquisição/aprendizagem do português como língua não materna, descrição do Português L2, análise comparada do Português L2 e Língua(s) Nativa(s) dos falantes de Português L2, transferência linguística, ou noutras áreas de investigação em linguística que possam contribuir de forma relevante para as questões colocadas. As propostas a apresentar podem assumir quer uma perspectiva teórica, quer uma perspectiva empírica.
Os resumos não deverão exceder uma página A4 com letra 12 pt.
São aceites comunicações em português, espanhol, francês ou inglês.
Data limite para recepção dos resumos: 31 de Janeiro de 2008
Os resumos deverão ser enviados para o seguinte endereço de e-mail: mail@apl.org.pt
Conferencistas convidados:
Maria Helena Mateus (ILTEC)
Wayne O’Neil (MIT)
Informação recolhida em: http://www.apl.org.pt/f_index.htm
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