terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Português como mercadoria económica - valerá a pena ir por aqui????

Procura crescente de aulas no estrangeiro

Instituto Camões e ISCTE estudam valor económico do português

O Instituto Camões (IC) está a elaborar, em parceria com o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) um estudo para determinar o valor económico da língua portuguesa, anunciou hoje a presidente do IC.

“Estamos a elaborar um estudo com o ISCTE que terá a duração de dois anos. No primeiro, pretendemos determinar o valor económico da língua portuguesa, e no segundo o seu peso económico”, disse aos jornalistas Simonetta Luz Afonso à margem do colóquio “Políticas e Práticas de Ensino de Português para as Comunidades Portuguesas”, que decorre hoje e amanhã em Lisboa.

De acordo com a responsável este estudo surgiu na sequência da necessidade de se “quantificar o valor económico da língua portuguesa, que se sabe que existe”.

“Recebemos muita informação dos leitorados nas universidades estrangeiras que nos permite perceber que há uma procura crescente pelo português, onde tradicionalmente não se ensina língua portuguesa”, afirmou a presidente do IC.

De acordo com Simonetta Luz Afonso, o ensino da língua portuguesa está a ser muito procurado em cursos como Economia, Direito, Arquitectura, Engenharia, Jornalismo, Medicina, entre outros.

Novas oportunidades de trabalho

“Essa procura fez-nos pensar que tem a ver com o interesse que a língua portuguesa tem para as novas oportunidades de trabalho e pela procura de novos mercados, porque quem vende tem de falar a língua de quem compra”, afirmou.

“A língua portuguesa é uma língua que permite trabalhar e negociar fora da Europa e a União Europeia tem de olhar para as línguas de dois pontos de vista: as que têm mais falantes e as que permitem trabalhar fora da Europa”, defendeu a responsável.

Nesse sentido, Simonetta Luz Afonso sublinhou que o português “não é apenas a língua de 10 milhões habitantes que vivem na Europa”, mas de mais de 200 milhões em todo o mundo.

Relativamente ao Ensino de Português no Estrangeiro (EPE), que vai passar para a tutela do IC durante 2008, Simonetta Luz Afonso adiantou que vai precisar de “um ano para inserir o ensino básico e secundário a partir do momento em que receber os ‘dossiers’ e o orçamento do EPE”.

“Vamos também pensar o que vamos fazer em cada um dos países. Cada universidade onde estamos tem a sua política própria e com o ensino básico e secundário é a mesma coisa. Cada país tem as suas regras”, afirmou.

O colóquio “Políticas e Práticas de Ensino de Português para as Comunidades Portuguesas” termina quarta-feira e conta com a participação de coordenadores do ensino no estrangeiro, conselheiros das comunidades e especialistas.

Ler tudo no Público: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1314190 (18 de Dezembro de 2007).

PS_ Leiam também os comentários dos leitores e só ficarão a ganhar!!!!!!!!!


APETECIA-ME GRITAR COM O RÉGIO: "Não, não vou por aí!"
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domingo, 9 de dezembro de 2007

Miguel Sousa Tavares e a "sua" forma de fazer política linguística

O artigo de Miguel Sousa Tavares, "Eu prefiro Chávez" [em comparação com o Bush, a que chamo, eufemisticamente, "o arbusto"], termina com esta curiosa nota de política linguística:

"PS - Há mais de dez anos que vivemos com esta espada suspensa sobre a cabeça: quando não têm mais nada com que se entreter para exibir a sua importância, os senhores da Academia das Ciências e os ministros dos Estrangeiros gostam de nos ameaçar com o acordo ortográfico, cujo objectivo único é por-nos a escrever como os brasileiros, assim lhes facilitando a sua penetração e influência nos países de expressão portuguesa. Como disse Vasco Graça Moura, o acordo é um "diktat" neo-colonial, em que o mais forte (o Brasil) determina a sua vontade ao mais fraco (Portugal). Alguém imagina os Estados Unidos a ditarem à Inglaterra as regras ortográficas da língua inglesa? Ou o Canadá a ditar as do francês à França ou a Venezuela as do espanhol a Espanha?

Dizem que isto vai facilitar a penetração da literatura portuguesa no Brasil, mas ninguém perguntou a opinião aos autores portugueses. Há quatro anos atrás, publiquei um livro no Brasil e, contra a opinião de alguns 'sábios' e as várias insistências da editora brasileira, o livro reza assim na ficha técnica: "A pedido do autor, foi mantida a grafia da edição original portuguesa". Apesar dos agoiros de desastre que essa teimosia minha implicaria, o livro vendeu até hoje cerca de 50.000 exemplares no Brasil. Perdoem-me a imodéstia, mas orgulho-me de ter feito bem mais pela nossa língua no Brasil do que todos esses que se dispõem a vendê-la como coisa velha e descartável."

In: Expresso - http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/175230
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

a revolta do i

Porque Língua Portuguesa também é diversão... aproveitem.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Há notícias que não compreendo :(

04.12.2007 - 12h20 PÚBLICO

Língua Portuguesa vai dispor de portal a partir de meados do próximo ano

A Língua Portuguesa vai dispor, a partir do segundo semestre do próximo ano, de um portal – Lingu@e – que visa pensar a língua em termos práticos, como disse ontem Rui Machete. O presidente da Fundação Luso-Americana de Desenvolvimento (FLAD) falava em Lisboa, no âmbito do protocolo ontem assinado entre esta fundação, o Instituto Camões e o Gabinete em Portugal do Parlamento Europeu, que tornará possível colocar o portal na Internet.

Actualmente o portal, “em fase bastante embrionária”, como disse Rui Vaz, do Instituto Camões, está ligado ao site deste instituto, http://www.instituto-camoes.pt. A sua presidente, Simonetta Luz Afonso, disse à Lusa que “em finais de Maio, princípios do segundo semestre, o portal entrará em funcionamento pleno”.

A responsável salientou que o português, sendo falado “por apenas 10 milhões de pessoas na Europa, é falado por 230 milhões no mundo”, sendo a terceira língua europeia mais falada internacionalmente. Este portal visa debater o Português no âmbito da problemática do multilinguismo europeu e “como a Língua Portuguesa e outras línguas comunitárias globais podem ser instrumento de projecção das relações exteriores da União Europeia”.

Paulo de Almeida Sande, do Gabinete em Portugal do Parlamento Europeu, referiu, a propósito, que esta assembleia parlamentar “é um exemplo de como conciliar 23 línguas ofi ciais diferentes” e que o portal permitirá “registar” grande parte do debate que se faz a propósito do multilinguismo. “Será um instrumento não só de diálogo como um repositório de documentos produzidos pelos vários debates que se têm feito sobre o multilinguismo”, disse. O portal terá sete temas de debate, cada um com um coordenador específico.

Basílio Horta, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, coordenará o tema Língua e comércio externo e o escritor Vasco Graça Moura coordenará Língua e Pensamento. Outros coordenadores são Rui Machete, para Língua e Governação, a linguista Edite Estrela, para Novas Políticas de Ensino, Rui Marques, alto-comissário para a Imigração e Diálogo Intercultural, para Língua, Identidade e Inclusão, e Ronald Grätz, director do Instituto Alemão em Lisboa, para Indústrias da Língua e Intercomunicação.

O portal, que “terá um domínio próprio na Internet” e não dependerá do sítio do Instituto Camões, como disse Rui Vaz, integra-se no Ano Europeu da Diversidade Cultural, que é celebrado no próximo ano. Rui Machete sublinhou “o signifi cado importante” deste portal, que permite “pensar a língua em termos práticos”. “Pensar a língua não apenas como a de [Luís] Camões ou [Fernando] Pessoa, mas como instrumento vital na divulgação das identidades nacionais, instrumento político e económico”, afirmou. Por outro lado, o portal dará à Língua Portuguesa o estatuto correspondente ao seu número de falantes no mundo

in: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1312701

===== Alguém me explica o que é isto de um portal e para que serve? =====
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domingo, 11 de novembro de 2007

Acordo ortográfico: o que muda?

Contra, a favor ou dá-me igual??????

7 das alterações propostas no acordo ortográfico:

- os H de início de palavra cairão: os portugueses deixarão, por exemplo, de escrever «húmido» para usar a nova ortografia - «úmido».
- d
esaparecem também da actual grafia em Portugal o c e o p nas palavras em que estas letras não são pronunciadas, como em «acção», «acto», «baptismo» e «óptimo».
-
o trema utilizado pelos brasileiros desaparece completamente e ao hífen acontece o mesmo quando o segundo elemento da palavra comece com s ou r, casos em que estas consoantes devem ser dobradas, como em «antirreligioso» e «contrarregra».
-
apenas quando os prefixos terminam em r se mantém o hífen. Exemplos: hiper-realista, super-resistente.
-
o acento circunflexo sai também de cena nas paroxítonas (palavras com acento tónico na penúltima sílaba) terminadas em o duplo («vôo» e «enjôo»), usado na ortografia do Brasil, mas não na de Portugal, e da terceira pessoa do presente do indicativo ou do conjuntivo de «crer», «ler», «dar», «ver» e os seus derivados. Passará a escrever-se: «creem, leem, deem e veem».
-
no Brasil, o acento agudo deixará de usar-se nos ditongos abertos ei e oi de palavras paroxítonas como «assembleia» e «ideia».
- com a incorporação do k, w e y, o alfabeto deixará de ter 23 letras para ter 26.

As modificações propostas no Acordo devem alterar 1,6 por cento do vocabulário de Portugal e 0,45 por cento das palavras do Brasil.

Fonte: Jornal Sol

domingo, 28 de outubro de 2007

O Português é uma língua muito... "SEXY"?

Emmanuelle Seigner está em cartaz, com "O Escafandro e a Borboleta". É casada com Roman Polanski, com quem filmou em Sintra "A Nona Porta", regressando ao nosso país para ser dirigida por António-Pedro Vasconcelos, em "Os Imortais".

Um pouco de uma entrevista com ela, onde fala da sua relação com o PLE:

JN|Como recorda a experiência de filmar em Portugal?

Emmanuelle Seigner|Fiz mesmo um filme em português. Aprendi português para fazer "Os Imortais". Foi óptimo. Portugal é um país muito bonito. Sintra é uma maravilha. Foi uma experiência enriquecedora entrar num filme português e um grande desafio ter de aprender a língua. Não é uma língua fácil de aprender.

Ainda fala alguma coisa?

Não. O que aprendi foi foneticamente. O resultado não foi nada mau. A vossa língua é muito sexy.


Retirado de: http://jn.sapo.pt/2007/10/28/cultura/a_vossa_lingua_e_muito_sexy.html

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

nasce mais um blogue PLE: Falar pelos Cotovelos

http://falarpeloscotovelos.blogspot.com/ é um blogue com muita pinta, com muita garra e entusiasmo, a 6 cotovelos...

pretende ser um espaço de divulgação das produções em PLE daqueles cotovelos berlinenses!

passem por lá e espalhem a palavra... afinal, palavra puxa palavra...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

E esta hein???? "Governador brasileiro proíbe utilização do gerúndio"

"A decisão de um governador brasileiro de limitar a utilização do gerúndio, por ser uma forma verbal associada à ineficiência, é considerada por linguistas portugueses como unicamente política, visto que é uma construção verbal existente no português."

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, demitiu por decreto o uso do gerúndio nos órgãos do governo e proibiu o uso do gerúndio para desculpa de ineficiência.

O político alegou que perdeu a paciência com alguns assessores que estão sempre «fazendo, providenciando, estudando, preparando, encaminhando», mas nunca concluem um trabalho ou estabelecem um prazo para a sua finalização.

José Mário Costa, jornalista e responsável pelo site Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, disse à agência Lusa que a medida adoptada só pode ser vista como «simbólica» e com «piada».

Também a professora e linguista Regina Rocha, do Ciberdúvidas, considera que o decreto apenas é válido num contexto político. «O gerúndio é uma forma verbal que sugere duração e prolongamento da acção» e é uma «construção que vem do português antigo», acrescentou.

Estes dois especialistas recordam que em Portugal o gerúndio caiu em desuso, utilizando-se, em seu lugar, o infinitivo. «Ou seja, em vez de dizermos 'estou fazendo', dizemos 'estou a fazer'», exemplificou.

Regina Rocha esclareceu que a própria fonética dos verbos conjugados no gerúndio transmite a ideia de prolongamento, dado que têm mais sílabas.

Sobre a ideia do governador brasileiro, José Mário Costa defendeu a existência de orientações do ponto de vista ortográfico a serem seguidas, nomeadamente pelas entidades públicas, jornais e televisões.

O jornalista deu como exemplo o erro comum de abreviar os números ordinais.

Lusa/SOL (in http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=58704)

terça-feira, 21 de agosto de 2007

quem é o povo? pode-se falar em aviltar a língua?

«Foi o Povo que criou a língua, que a animou, que lhe deu vida, mas é também o Povo que a deturpa, a avilta e a exalta com as alterações fonéticas ou com a semântica, com o olvido dos vocábulos e com a formação de neologismos para representar ideias novas».

Gomes Monteiro e Costa Leão,
A Vida Misteriosa das Palavras

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Português e espanhol no Cone Sul

DATA LIMITE DE INSCRIÇÃO: 10/AGOSTO/2007

I OLIMPÍADA PORTUGUÊS-ESPANHOL DO MERCOSUL

(como línguas estrangeiras)

A Associação dos Professores de Português de Misiones, o Gabinete de Português da Faculdade de Humanidades e Ciências Sociais da Universidade Nacional de Misiones e a COPRACyT do Conselho Geral de Educação têm a honra de convidar a todos os Estabelecimentos que Ensinam o Português e o Espanhol como Línguas Estrangeiras nos países integrantes do Mercosul a participar da "I OLIMPÍADA DE PORTUGÛES - ESPANHOL DO MERCOSUL" a realizar-se no dia 7 de Setembro de 2007 em Posadas - Misiones - Argentina.

Poderão participar até dois alunos do Ensino Fundamental (1ª a 4ª série e 5ª a 8ª série) e Ensino Médio (ou seus equivalentes) por Categoria –Principiante e Avançado- e Nível –I e II- de escolas, públicas ou privadas que ministram aulas nas referidas disciplinas e programas autorizados pelas Secretarias Estaduais / Municipais de Educação ou CEE.

Consulte o Regulamento Completo e o Temário acessando:

http://www.cgepm.gov.ar/copracyt/olimpiada_portugues_espanol.htm

Correio eletrônico para consultas e inscrições:

olimpiadamercosur@gmail.com

apropom@gmail.com

Agradecemos antecipadamente seu interesse, participação e divulgação deste evento.